quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Relacionamento do Direito com a Economia

1. Introdução

Nas Ciências Econômicas e no Direito o processo de relacionamento se dá na formação e fiscalização das normas reguladoras da atuação de empresas a fim de proteger o consumidor e também o processo econômico nacional, passando por influencias e relações com a economia internacional, através dos sistemas adotados no mundo formando um grande mercado global.

Dentro da proposta aplicada será utilizado o estilo conceitual e explicativo de cada um dos tópicos propostos, ou seja, é necessário seguir uma esquematização de entendimento de cada um dos itens, justamente para que se possa conhecer sobre a estrutura do mercado a ser desenvolvida neste trabalho.

2. Relação da Economia e o Direito

Tendo em vista a relação das ciências entre si, o Direito e a Economia se interagem de maneira direta conforme a afirmação do Professor Nelci Silvério de Oliveira:

Considerando-se, porém, que os homens, por ignorância, desenvolveram um desejo insano de se enriquecer e outro desejo mais insano ainda, o de manter os outros na Miséria, a Economia voltou a sua força e seu poder não para a satisfação das necessidades materiais, mas para satisfazer o domínio dos possuidores sobre os despossuídos... Tire-se o que existe de econômico no reino do Direito, e o que resta? Quase nada... O Direito que regula a Economia ou é a Economia que esta desnaturadamente produzindo o Direito? (OLIVEIRA, 1999, p. 21)

Essa relação cientifica passa, sem dúvida, nos estudos de caso sobre as estruturas de mercado, principalmente sobre os Oligopólios. Dentro do mercado existem as imperfeições como as externalidades ou economias externas, informação imperfeita ou poder de monopólios.

Quando há influencias externa da economia, podem-se ocorrer efeitos negativos e/ou positivos sobre a sociedade ou o próprio mercado, sendo necessário à intervenção do Direito, como norma, para regularizar as ações dentro de certa estrutura local ou mais ampla.

As externalidades dão a base econômica para a criação de leis antipoluição, de restrições quanto ao uso da terra, de proteção ambiental e etc. (GARCIA e VASCONCELLOS, 2008, p.31).

As falhas de informações incentivam e justificam uma ação governamental, no meio da legislação, para regulamentar a relação das empresas, que comercializam ou prestarem serviços, com o consumidor.

Pouco a pouco, a sociedade foi vivenciando a mão visível do governo como forma de aumentar a eficiência econômica. Sua atuação se faz por meio de leis, as chamadas leis de defesas da concorrência, que regulam tanto as estruturas de mercado quanto as empresas. (GARCIA e VASCONCELLOS, 2008, p.31).

Podemos citar exemplos históricos, como nos EUA no final do século XIX, na qual pequenas empresas eram agregadas as grandes corporações que passavam a controlar o mercado estipulando valores dos produtos limitando as ofertas e encarecendo os preços. Uma intervenção governamental foi executada para evitar uma formação de monopólios protegendo o consumidor e também as pequenas empresas ou comercio, tornando mais justo o principio da competitividade econômica com três leis que regulamentavam o mercado estadunidense:

· Lei Sherman; proibiu a formação de monopólios no comercio e nas indústrias (em 1890).

· Clayton Act; definiu tais atos desrespeitosos do mercado seriam consideradas ilícitas (em 1914).

· Lei Celler-Kefauver; que proibiu as fusões de empresas por meio de compra de ativos, uma vez se as mesmas reduziriam a concorrência. (em 1950).

Desde a década de 1960, no Brasil, existe uma legislação em defesa da concorrência, porém sua eficácia era consideravelmente pequena até os anos de 1990, pois os governos desse período protegiam a indústria nacional e a inflação obtinha altos índices em conseqüência desses fatores, o governo federal, trabalhava com o controle dos preços, havendo uma alta intervenção estatal na economia brasileira.

Na Constituição Federal de 1988 (Artigos 173 e 174), a atuação estatal é de controle do sistema econômico nacional, protegendo contra os abusos do poder econômico fiscalizado a atuação das indústrias, do comercio e de empresas de prestação de serviços; incentivando a produção e planejando as regras econômicas vigente no país, impedindo a deslealdade na concorrência.

O SBDC - Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência foi criada em 11 de junho de 1994 (através da lei 8.884/94, e acrescentada dispositivos na lei 10.149/00) para que o Estado Brasileiro pudesse atuar com mais eficácia na fiscalização e controle das estruturas de mercado, impedindo abusos de grades empresas em detrimento das menores, como por exemplo, fusões e incorporações de empresas; agrupamentos e criação de participação de sociedades entre empresas. Através desse sistema o governo federal pode ou não autorizar, de acordo com a situação econômica e administrativa, os atos acima citado neste parágrafo.

Portanto a relação entre as Ciências Jurídicas e as Ciências Econômicas é simbiótica, ou seja, uma depende da outra se relacionando e interagindo idéias e atuações em qualquer lugar no mundo. No Brasil essa relação se dá um campo complexo e amplo da formação de uma política econômica nacional e a atuação da mesma dentro do mercado a fim de se ter um equilíbrio entre a atuação das empresas em detrimento aos consumidores.

3. Conclusão

No estudo de Direito e Economia, as relações legais de proteção à concorrência, nem sempre são eficazes e por mais que as empresas dependem de autorizações do poder público para atuar, existem vários lobbys fortíssimos para beneficiarem as grandes empresas, dificultando as ações das menores, estimulando a concorrência desleal, ferindo os artigos 173 e 174 da CF/88, na qual o Estado Brasileiro deveria fiscalizar e impedir esses abusos e o que na prática não acontece, persistindo em uma falsa sensação de que tudo esta bem, pois mesmo os lucros se concentrando em mão de uma mesma corporação, existem “variedades” de marcas a serem escolhidas pelos consumidores, que estão esperando para terem suas demandas atendidas.

O conceito de Economia e Direito foi ampliado e melhor entendido no desenvolvimento acadêmico do presente trabalho. Com as informações pesquisadas e estudadas, partindo do principio teórico e observando o conhecimento, foi definido que o principio da concorrência não é tão eficaz como parece ser, ou seja, embora a população gere a demanda dos produtos a serem consumidos, os mesmos não são respeitados.

4. Referência

GARCIA, Manuel Enriquez. VASCONCELLOS, Marco Antonio S. Fundamentos de Economia. 3 ed. São Paulo: Saraiva, 2008.

MENDES, Judas Tadeu Grassi. Economia – Fundamentos e Aplicações. 1 ed. São Paulo: Prentice Hall, 2004.

OLIVEIRA, Nelci Silvério de. Introdução ao Estudo do Direito. 1 ed. Goiânia: AB, 1999.

_____________. Constituição da República Federativa do Brasil. 10 ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2005.




Prof. Frederico Machado Fagundes Rodrigues
Diretor da Acrópole Consultoria Política e Educacional
Historiador Graduado pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Acadêmico de Direito das Faculdades Objetivo de Goiânia

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Por que produzir ciência?

Ta aí um dilema a ser respondido.

Necessita-se produzir ciência pelo simples motivo; construir conhecimento! O que seria construir conhecimento? Simples, construir conhecimento é lutar por uma sociedade mais homogênea, devemos sempre buscar melhorar, avançar como seres humanos e aprendermos a olhar para outro ser humano como semelhante; independente de sexo, cor, religião ou orientação sexual.

Produzir ciência é muito mais que avançar nas questões tecnológicas. Produzir conhecimento científico é usar a tecnologia em favor das questões humanitárias, é utilizar de uma estrutura na quais poucos tem acesso para socializar o desenvolvimento e o crescimento pessoal ou de um grupo, logo, todos crescem.

As diversas áreas da ciência estão interligadas de uma forma ou de outra. Alguns perguntam: O que tem haver história com a biologia? O que tem haver matemática com geografia? Bem, não tem como trabalhar com a arqueologia sem utilizar conhecimentos de tempo, espaços e costumes com conhecimento de fósseis e meio ambiente.

A história nos conta que o avanço tecnológico e científico por várias vezes mudou a estrutura social, mesmo que a grande massa não tivesse acesso, de alguma forma foi impactada para bem ou para mal.

Não importa qual seja a área, o que devemos incentivar são os estudos e as produções de pensamentos através de grupos de pesquisas e fóruns de debates, sejam elas formais ou informais, afinal é das discussões que surgem novas idéias...

Professor Frederico Machado F Rodrigues

terça-feira, 2 de junho de 2009

O DIÁLOGO SOBRE A SOCIEDADE E UM MODELO IDEAL

Nos debates em sala de aula e até mesmo nas ruas, é comum ouvirmos que a mídia exerce grande poder de influência sobre a sociedade. A maior parte das pessoas reclama dessa hegemonia, mas reconhece que em algum momento se vê influenciada por uma ou outra tendência da moda.

De fato, podemos afirmar que vivemos em busca de um modelo ideal, seja ele do corpo, do status social ou do intelecto. A exemplo do glamour do mundo fashion com as suas Bündchen’s e seus Gianecchini’s, o cinema também dá vida àquilo que gostaríamos de ser ou, pelo menos, de parecer. Aliás, se o contexto é aparência, Angelina Jolie não pode ficar fora. Não bastante as telonas, os quadrinhos também estrelam ícones, sejam eles mocinhos ou vilões. Zé Carioca, personagem criado por Walt Disney, incorpora um brasileiro malandro e não muito chegado ao trabalho.

Durante séculos, vários sociólogos se empenharam para explicar essa questão. Seus estudos apontaram que o processo de aculturação tem, desde as sociedades antigas - nas quais se inclue a civilização egípcia - impulsionado o fortalecimento de uma corrente ideológica que, na contemporaneidade, eleva a mídia de forma tal a ser cultuada como uma vitrine do melhor modo de vida e, sobretudo, de comportamento.

Por ora, quando recorremos exclusivamente à nossa capacidade de abstração, compreender conceitos como ideologia, aculturação e idealismo, pode-nos parecer complicado e de algum modo ineficaz. Dessa forma, quero estimular a reflexão sobre a busca do modelo ideal, colocando em evidência uma série de acontecimentos ocorridos na sociedade européia da idade média.

Trago à tona o movimento iluminista e, principalmente, o positivista. A partir do século XV, a população do velho continente começara a atestar os benefícios que os novos inventos e as novas descobertas da ciência podiam proporcionar. Assim, mesmo que ainda contidos pela opressão que a inquisição da Igreja os impunha, passaram a louvar e a reverenciar cientistas, astrônomos, físicos, matemáticos e de forma geral toda a classe acadêmica. De igual modo, nos dias atuais, vivemos sob o domínio majoritário de ideologias rigorosamente consumistas que ditam o estilo de vida nas chamadas “sociedades de massa”.

Gabriel Garcia Bernaz, em seu livro ¿Que és la cultura popular?, conceituou a ideologia como um corpo sistemático de idéias que é articulado por um grupo específico de pessoas. Um exemplo clássico da idéia do autor são as decisões tomadas nas reuniões entre líderes de blocos econômicos tais como o G-8 – grupo dos oito países mais industrializados do mundo, o Mercado Comum do Sul (MERCOSUL) e afins. No mundo da economia, sabe-se que as medidas de investimento ou de redução de gastos são vinculadas ao comportamento do mercado financeiro. Tal comportamento é amplamente influenciado pelas políticas adotadas pelos governos que, outrora, são reflexo da concepção ideológica dos membros que os compõem.

Dessa forma, podemos entender, sobretudo, que esta articulação de idéias sempre ocorrerá. Haja vista o ritmo frenético da vida nos grandes centros que nos leva à busca de algo bom e novo e ainda nos faz acreditar que a aquisição desses “valores” só se dá por intermédio de entidades que de forma consciente, ou não, postulamos serem produtoras de verdade e conhecimento.
Allan David Silva - Acadêmico de Jornalismo na Faculdade Araguaia e Consultor de Relacionamento na Atento Brasil S/A.

terça-feira, 28 de abril de 2009

Os judeus na diáspora na Ásia Menor nos tempos de Paulo, Lucas e João.

Eduardo Arens em seu livro Ásia Menor nos tempos de Paulo, Lucas e João: aspectos sociais e econômicos para a compreensão do Novo Testamento; reconstrói o contexto social, econômico, político e religioso necessário para compreender o nascimento, desenvolvimento e expansão das comunidades cristãs pela Ásia Menor, no primeiro século da nossa era. Sem levar em conta esse contexto, os escritos dos primeiros missionários cristãos correm o risco de serem mal interpretados. O livro é de grande ajuda para a compreensão dos escritos de Paulo, Lucas e João.

É importante ter uma visão clara das relações dos judeus e não-judeus na cidade da Ásia Menor. Os judeus tinham uma religião monoteísta que dificultava a integração no ambiente não-judaico e a idiossincrasia dos judeus produziu inúmeras violências.

As comunidades judaicas se instalaram em praticamente todas as cidades do império romano, como fica constatado em muitas fontes da época. Houve uma crescente migração judaica principalmente no oriente, aproveitando a facilidade das estradas e navegação proporcionadas por Roma.

Infelizmente não encontramos muitos escritos sobre o judaísmo na Ásia Menor, pois foi concentrada a atenção ao judaísmo em Alexandria e no Egito, daí a escassez de informação.

A relação entre judeus e Roma foi cordial durante o século I. Estes obtiveram alguns privilégios por parte de Roma, pois o Império Romano exercia a política da diplomacia, evitando confrontos desnecessários. Todavia, é importante mencionar que o acumulo de privilégios causavam a insatisfação dos outros povos, que desaprovavam esse pseudo favoritismo.

As congregações judaicas da diáspora eram muito unidas, principalmente aquelas que tinham algo em comum, possuíam suas regulamentações próprias que variavam numa e noutra cidade, a autoridade máxima na sociedade judaica era o patriarca e em toda cidade havia pelo menos uma sinagoga, centro onde girava a comunidade judaica.
No judaísmo havia diferentes níveis sociais e econômicos, sendo que todos tinham a mesma regra de vida, sem nenhuma distinção socioeconômica.

Para os romanos os judeus da diáspora eram pererini, exceto se fossem cidadãos romanos. Aos judeus não era permitido ocupar cargo público, uma vez que para ocupá-los deveriam comungar das cerimônias religiosas romana, o que para os judeus era um grande erro. Alguns se submeteram a tais cerimônias com o intuito de galgar uma posição pública, e devido a isso foram considerados apóstatas da religião judaica.

É fato que a vida econômica dos judeus é incerta, pois não encontramos escritos que nos esclareçam a dinâmica parcimoniosa. Todavia, sabe-se que muitos que se dedicavam ao campo eram em geral pobres. Há indícios que os judeus ricos eram exceção, e os judeus da diáspora eram mais pobres do que ricos.

Mesmo com essa característica relativa à economia, com o passar do tempo o judaísmo começou a se tornar atraente para os não-judeus, e alguns dos motivos foi: a crença em um único Deus; revelação divina sólida respaldada pela Sagrada Escritura; a presença de uma ética clara e precisa; uma vida ordenada, sã, honrada; senso de solidariedade presente no judaísmo.

O paradigma de vida dos judeus mencionado acima, em contraste com estilo de vida dos não-judeus, que incluía um panteão de deuses; uma fé sem ter um respaldo sólido, fez com que muitos se tornassem prosélitos ao judaísmo.

Ser prosélito ao judaísmo implicava na época, em sofrer duras penas da sociedade não judaica, pois os judeus eram desprezados, ridicularizados, odiados, inclusive perseguidos e algumas vezes se lhes deu a morte; logo ser prosélito ao judaísmo incluiria sofrer duras perseguições.

Agora é fato que o judaísmo era admirado por uns, desprezados por outros, era esse o contexto vivido pelos judeus e o interessante é que esse povo também descriminava o gentio, o não-judeu ainda que isso não se manifestasse de forma violenta.

A última parte da leitura programada para síntese pretende dar uma visão social das filosofias e religiões, mencionando as mais influentes do século primeiro, como: o cinismo; estoicismo; epicurismo; neoplatonismo; neopitagorismo; religiões. Cada um com suas características têm a sua parcela de contribuição. As filosofias com seu enfoque sobre a vida, a partir de experiências e situações vividas. As religiões encerram um enfoque filosófico acerca do homem e de sua vida.

A leitura do livro de Eduardo Arens com toda certeza acrescentará conhecimento a todos que querem compreender os judeus na diáspora.

Odirley N. Tavares é pastor na Igreja Batista Missionária e Consultor de Relacionamento na Atendo Brasil S/A.

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Política e sociedade no Império Romano do século I d.C.

Eduard Lohse em seu livro Contexto e Ambiente do Novo Testamento; apresenta uma exposição clara e concisa de suas convicções, estando sempre fundamentadas em criteriosa pesquisa histórica. Analisando todos os contextos (histórico, religioso, geográfico, político, econômico e social), ele coloca o seu leitor a par dos acontecimentos da época em que foram escritos os diversos livros bíblicos. A partir da análise histórica, o leitor adquire condições para notar os detalhes que até então estavam ocultos, sem sentido e complicados.

O teor da obra de Lohse é nada menos do que o próprio título revela: “Contexto e Ambiente do Novo Testamento”.

O Novo Testamento, seus autores e personagens históricos importantes nasceram no ambiente político-religioso do judaísmo e o evangelho foi proclamado em determinado lugar e tempo da história. Por isso, de acordo com o que diz o próprio autor, é necessário não somente estudar as línguas faladas naquele tempo – hebraico, aramaico e grego – mas também conhecer, tão exatamente quanto possível, a situação política, as condições de vida e os costumes daquelas pessoas, suas esperanças, expectativas, suas idéias e opiniões para conhecermos melhor os condicionamentos histórico-culturais em que se deu a manifestação de Deus.

Quanto mais conhecermos o ambiente em que o anúncio cristão encontrou os homens, melhor conseguiremos traduzir o conteúdo dessa mensagem, o modo de falar e as idéias do mundo antigo para a linguagem de nosso tempo.

O livro está dividido em duas partes principais. Na primeira parte do livro, Lohse descreve esse contexto histórico e cultural do judaísmo palestino e helenista. Na segunda parte do livro, o autor dirige-se à política e à sociedade do Império Romano, com uma atenção especial aos movimentos religiosos e filosóficos, como gnosticismo.

A situação política do império romano durante o século I d.C. é importante para se obter uma compreensão precisa dos acontecimentos da Igreja cristã primitiva, bem como das perseguições sofridas pelos cristãos no decorrer dos governos de Nero e Domiciano.

O apogeu do Império Romano começa sob o domínio dos Césares. Esse domínio foi marcado por desenvolvimento, criação de estratégias militares, distribuição do poder de uma forma supervisionada, a grande autonomia das cidades helenísticas, construção de novas cidades, templos, teatros, aquedutos e outras obras públicas, especialmente novas vias de trânsito, proteção marítima pela armada de César. Tudo isso corroborou para que a economia e comércio florescessem, fazendo de Roma um grande império.

Durante o poderio romano, alguns Césares foram mais aclamados devido a sua forma de conduzir o império, outros não foram vistos com bons olhos devido à crueldade aplicada ao povo, entre eles destacam-se Nero e Dominiano, ambos vitimas de conjuração.

Já no campo social, o Império Romano era um Estado cosmopolita, onde podia se desenvolver sem obstáculos. No oriente e ocidente falava-se e entendia-se o grego, surgiu também nesse período uma língua simplificada o Koiné, servindo para comunicação geral.

A cultura helenística foi acoplada ao império, possibilitando a aquisição de riquezas e o desenvolvimento de uma vida de bem-estar. Os serviços públicos locais tinham certa autonomia. Era realizado censo populacional, com o fim de estabelecer uma base para fins tributários. A mão-de-obra para a produção e economia baseava-se no trabalho escravo; o escravo poderia se servisse fielmente seu senhor, receber a liberdade, ou pelo menos labutar por adquiri-la.

A família romana vivia em uma organização patriarcal, os filhos eram educados por um escravo que era chamado de pedagogo. No campo das ciências os romanos seguiam a risca os ensinos gregos, mas com o passar do tempo alcançaram um florescimento extraordinário.

Foi criado o culto ao imperador, prática que foi condenada por alguns e tolerada por outros, e que gerou contínuos conflitos, perseguições e muitos sofrimentos.

Contexto e Ambiente do Novo Testamento são, portanto, uma importante ferramenta para exegetas que almejam compreender a mensagem de cada livro do Novo Testamento. Todo e qualquer tipo de estudo neotestamentário deve ser iniciado após uma boa análise do contexto e do ambiente nos quais os textos estão envolvidos.

Referencias Bibliográficas:

LOHSE, Eduard. Contexto e Ambiente do Novo Testamento. Política e sociedade no Império Romano do século I d.C. São Paulo: Paulinas, 2000. p. 187 - 209.

Odirley N. Tavares é pastor da Igreja Batista Missionária e Consultor de Relacionamento na Atento Brasil S/A.

sexta-feira, 24 de abril de 2009

OS LIVROS APÓCRIFOS

Para alguns os apócrifos são simplesmente a expressão da piedade popular sobre Jesus, produzidas no segundo século do cristianismo, e essas informações não acrescentam nada às conservadas nos textos canônicos. Ao contrário, elas deturpam o sentido exato dos dados.

Outros dizem que poderiam nos aproximar mais da mensagem de Jesus. E mesmo que não fossem datados do primeiro século, esses textos conservam dados importantes da memória popular sobre Jesus e de seus seguidores (as).

Considero os apócrifos como preciosidades que nos revelam dados importantes, os quais complementam a história dos cristianismos de origem. Logo, estudá-los nos propicia compreender o esforço dos primeiros cristãos em seguirem Jesus.

Odirley N. Tavares é pastor da Igreja Batista Missionária e Consultor de Relacionamento na Atento Brasil S/A.

quinta-feira, 9 de abril de 2009

História do Futebol

Origens do Futebol na China Antiga

Na China Antiga, por volta de 3000 a.C, os militares chineses praticavam um jogo que na verdade era um treino militar. Após as guerras, formavam equipes para chutar a cabeça dos soldados inimigos. Com o tempo, as cabeças dos inimigos foram sendo substituídas por bolas de couro revestidas com cabelo. Formavam-se duas equipes com oito jogadores e o objetivo era passar a bola de pé em pé sem deixar cair no chão, levando-a para dentro de duas estacas fincadas no campo. Estas estacas eram ligadas por um fio de cera.

Origens do Futebol no Japão Antigo

No Japão Antigo, foi criado um esporte muito parecido com o futebol atual, porém se chamava Kemari. Praticado por integrantes da corte do imperador japonês, o kemari acontecia num campo de aproximadamente 200 metros quadrados. A bola era feita de fibras de bambu e entre as regras, o contato físico era proibido entre os 16 jogadores (8 para cada equipe). Historiadores do futebol encontraram relatos que confirmam o acontecimento de jogos entre equipes chinesas e japonesas na antiguidade.

Origens do Futebol na Grécia e em Roma

Os gregos criaram um jogo por volta do século I a.C que se chamava Episkiros. Neste jogo, soldados gregos dividiam-se em duas equipes de nove jogadores cada e jogavam num terreno de formato retangular. Na cidade grega de Esparta, os jogadores, também militares, usavam uma bola feita de bexiga de boi cheia de areia ou terra. O campo onde se realizavam as partidas, em Esparta, eram bem grandes, pois as equipes eram formadas por quinze jogadores.Quando os romanos dominaram a Grécia, entraram em contato com a cultura grega e acabaram assimilando o Episkiros, porém o jogo tomou uma conotação muito mais violenta.

O Futebol na Idade Média

Há relatos de um esporte muito parecido com o futebol, embora usava-se muito a violência. O Soule ou Harpastum era praticado na Idade Média por militares que dividiam-se em duas equipes : atacantes e defensores. Era permitido usar socos, pontapés, rasteiras e outros golpes violentos. Há relatos que mostram a morte de alguns jogadores durante a partida. Cada equipe era formada por 27 jogadores, onde grupos tinham funções diferentes no time: corredores, dianteiros, sacadores e guarda-redes.Na Itália Medieval apareceu um jogo denominado gioco del calcio. Era praticado em praças e os 27 jogadores de cada equipe deveriam levar a bola até os dois postes que ficavam nos dois cantos extremos da praça. A violência era muito comum, pois os participantes levavam para campo seus problemas causados, principalmente por questões sociais típicas da época medieval. O barulho, a desorganização e a violência eram tão grandes que o rei Eduardo II teve que decretar uma lei proibindo a prática do jogo, condenando a prisão os praticantes. Porém, o jogo não terminou, pois integrantes da nobreza criaram um nova versão dele com regras que não permitiam a violência. Nesta nova versão, cerca de doze juízes deveriam fazer cumprir as regras do jogo.

O futebol chega à Inglaterra

Pesquisadores concluíram que o gioco de calcio saiu da Itália e chegou a Inglaterra por volta do século XVII. Na Inglaterra, o jogo ganhou regras diferentes e foi organizado e sistematizado. O campo deveria medir 120 por 180 metros e nas duas pontas seriam instalados dois arcos retangulares chamados de gol. A bola era de couro e enchida com ar. Com regras claras e objetivas, o futebol começou a ser praticado por estudantes e filhos da nobreza inglesa. Aos poucos foi se popularizando. No ano de 1848, numa conferência em Cambridge, estabeleceu-se um único código de regras para o futebol. No ano de 1871 foi criada a figura do guarda-redes (goleiro) que seria o único que poderia colocar as mãos na bola e deveria ficar próximo ao gol para evitar a entrada da bola. Em 1875, foi estabelecida a regra do tempo de 90 minutos e em 1891 foi estabelecido o pênalti, para punir a falta dentro da área. Somente em 1907 foi estabelecida a regra do impedimento.O profissionalismo no futebol foi iniciado somente em 1885 e no ano seguinte seria criada, na Inglaterra, a International Board, entidade cujo objetivo principal era estabelecer e mudar as regras do futebol quando necessário. No ano de 1897, uma equipe de futebol inglesa chamada Corinthians fez uma excursão fora da Europa, contribuindo para difundir o futebol em diversas partes do mundo. Em 1888, foi fundada a Football League com o objetivo de organizar torneios e campeonatos internacionais.No ano de 1904, foi criada a FIFA ( Federação Internacional de Futebol Association ) que organiza até hoje o futebol em todo mundo. É a FIFA que organiza os grandes campeonatos de seleções ( Copa do Mundo ) de quatro em quatro anos. A FIFA também organiza competições entre clubes , um exemplo, é o Mundial de Clubes da Fifa, o primeiro foi em 2000 com o Corinthians do Brasil, levando a Taça, entre outros.

Futebol no Brasil

Nascido no bairro paulistano do Brás, Charles Miller viajou para Inglaterra aos nove anos de idade para estudar. Lá tomou contato com o futebol e, ao retornar ao Brasil em 1894, trouxe na bagagem a primeira bola de futebol e um conjunto de regras. Podemos considerar Charles Miller como sendo o precursor do futebol no Brasil. O primeiro jogo de futebol no Brasil foi realizado em 15 de abril de 1895 entre funcionários de empresas inglesas que atuavam em São Paulo. Os funcionários também eram de origem inglesa. Este jogo foi entre FUNCIONÁRIOS DA COMPANHIA DE GÁS X CIA. FERROVIARIA SÃO PAULO RAILWAY. O primeiro time a se formar no Brasil foi o SÃO PAULO ATHLETIC CLUB (SPAC), fundado em 13 de maio de 1888. No início, o futebol era praticado apenas por pessoas da elite, sendo vedada a participação de negros em times de futebol.

Sidney Barbosa é colaborador do site www.campeoesdofutebol.com.br